Ibovespa tem nova alta semanal impulsionada pelo macro externo

Ibovespa: +1,2% | 135.608 mil pontos
Dólar: +0,3% | R$ 5,49/US$
Ifix: +0,09%

– Na semana, o Ibovespa subiu 1,2% em reais e 0,8% em dólares, fechando em 135.608 mil pontos, com o índice chegando a alcançar a marca dos 137 mil pontos.

– Globalmente, o destaque foi o aguardado discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole. A fala foi mais branda do que o esperado e melhorou o sentimento dos investidores com o ciclo de cortes de juros no país, após afirmar que está disposto a agir rapidamente se o mercado de trabalho mostrar maiores sinais de enfraquecimento.

– Por outro lado, domesticamente, falas de membros do Copom reforçaram a disposição do comitê em aumentar a taxa de juros caso julgue necessário. Com isso, observamos uma abertura na curva de juros, alta do dólar e um impacto negativo sobre as ações mais cíclicas da Bolsa.

– A temporada de resultados do 2º trimestre chegou ao final e quase todas as ~150 empresas da cobertura XP já publicaram seus resultados. No geral, as empresas apresentaram resultados sólidos, com 36% superando nossas estimativas de EBITDA, 49% em linha e 14% abaixo do esperado.

– O principal destaque positivo dessa semana foi Petz (PETZ3, +39,3%), repercutindo o anúncio de fusão da empresa com a Cobasi (veja aqui a nossa análise). Já entre os destaques negativos está Prio (PRIO3, -4,4%), após queda nos preços dos contratos futuros do petróleo.

O que esperar para semana que vem?

Na agenda internacional, os eventos mais importantes se concentram na 6ª-feira, dia que será divulgada a inflação ao consumidor de agosto na zona do euro e o índice de inflação medido pelo deflator das despesas em consumo pessoal nos EUA (core PCE, em inglês) referente a julho. Estes dados serão importantes para a próxima decisão dos bancos centrais destas economias. No mesmo dia, também serão importantes as sondagens PMI de agosto na China. Na 2ª-feira, destaque para os dados de encomendas de bens duráveis de julho nos EUA, e a segunda estimativa do PIB do segundo trimestre na 5ª-feira – a primeira leitura registrou crescimento trimestral anualizado de 2,8%.

No Brasil, o destaque será a divulgação do IPCA-15 de agosto na 3ª-feira, para o qual esperamos deflação em alimentos, passagem aérea e energia elétrica, ao passo que bens industriais, gasolina e mensalidades de cursos devem acelerar. Do lado do mercado de trabalho, o relatório Caged de empregos será divulgado na 5ª-feira e a taxa de desemprego, medida pelo IBGE, na 6ª-feira. Além disso, o BCB publicará as estatísticas do setor externo na 2ª-feira, do mercado de crédito na 5ª-feira e os resultados fiscais do setor público consolidado na 6ª-feira. Antes, na 5ª-feira, o tesouro tornará público o resultado primário do governo central.

Análise por: Thais Maiochi, CFP da Verso Investimentos